O que os livros de romance (não) nos ensinaram sobre o amor

Os livros podem ensinar-nos muitas coisas. Saúde, engenharia, espiritualidade, amor. Mas o que é que os livros de romance (não) nos ensinaram sobre o amor?

Quando era pequena, dependia muito dos livros para ouvir sobre outras experiências – e tenho a certeza de que todos os nerds do mundo também. De facto, quando se tratava de assuntos do coração, eu sempre fui tardia (se é que se pode chamar tardio aos dezanove anos). Até então, eu era uma completa ingénua no amor. Toda a minha experiência romântica se resumia ao que via nos outros, como os meus pais e amigos. Por causa disso, li muitos romances, principalmente sobre amor, romance e relacionamentos. Escusado será dizer que as minhas expetativas foram muito irrealistas por um tempo. Obrigada, Disney e livros de romance, por toda a minha ingenuidade.

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1. O ódio vira amor.

Quero dizer, nem sempre. Adoro os meus romances sobre inimigos que se tornam amantes, mas vamos ser sinceros: na vida real, na maioria das vezes o ódio não tem segunda chance. Uma coisa que aprendi é que as primeiras impressões são praticamente tudo. E se não recebes uma boa vibração de uma pessoa na primeira vez em que a conheces, é provável que não gostes dela mais tarde.

2. O primeiro beijo é mágico.

O meu primeiro beijo foi tudo menos mágico e com a pessoa errada. Mas essa foi a minha experiência. Tenho a certeza de que muitos primeiros beijos por aí foram absolutamente incríveis, e realmente espero que sim. Eu apenas acho que os livros de romance poderiam ser mais esclarecedores sobre isso. Por exemplo, o teu primeiro beijo pode ser muito mau, simplesmente porque – oh, sei lá – tu não fazes ideia do que estás a fazer, já que é a tua primeira vez. Não sei quanto a vocês, mas se os primeiros livros que li na adolescência tivessem mencionado esse facto, talvez eu não tivesse expetativas altas e totalmente irreais.

3. A primeira vez é mágica.

Ah, a conversa sobre sexo. Quando somos adolescentes, tudo sobre sexo é um mistério sensual e muito atraente. As nossas hormonas estão aceleradas, sentimos a pressão dos nossos amigos, e só queremos saber do que se trata. Quando eu era adolescente, procurei esse conhecimento nos livros que li. No entanto, os livros de romance podem ser um pouco enganadores sobre esse tema. Tudo é lindo, corações e flores – mas, infelizmente, todos sabemos que há muita coisa que acontece que não aparece nos livros que lemos. Acho que é muito importante ter mais situações da vida real representadas nos livros. As nossas primeiras vezes podem ser uma bagunça e realmente confusas, ao ponto de vivermos uma mistura de sentimentos no meio – e não ouvimos falar disso nos romances. A minha pergunta é, porquê?

4. Amor à primeira vista.

Acho que só fiz essa pergunta a uma ou duas pessoas na minha vida. Acreditas no amor à primeira vista? Os livros certamente acreditam. Essa noção é a sua própria essência. Mas, na verdade, nunca vi uma história de amor que começou com um primeiro olhar. Pelo menos, não na vida real. Vi paixões ardentes começarem com um primeiro olhar, mas vamos lá... O amor só vem depois. A sua definição é muito mais complexa para ser colocada em apenas um vislumbre e uma primeira impressão que se tem sobre alguém. Então, obrigada novamente. Mais uma coisa a acrescentar ao que os livros de romance (não) nos ensinaram sobre o amor.

5. Faíscas voam quando tocas na tua alma gémea.

Eu realmente gosto deste cliché, porque passei a vida inteira a procurar por essts faíscas. Quero dizer, a minha vida amorosa não foi muito longa e ainda tenho muitos anos pela frente, mas vocês percebem a ideia geral. Até agora, senti o que chamaria de faíscas algumas vezes, quando a atração por alguém é evidente. Sentes borboletas no estômago e o que pode ser considerado uma pequena corrente que viaja pelo corpo. Sim, é uma reação física normal que todos experimentamos em algum momento.

No entanto, o que querem eles dizer com uma corrente elétrica real, que dispara quando tocas em alguém? E, às vezes, os protagonistas nem se tocam e sentem-na. Se isso realmente está a acontecer na vida real, há por aí alguém que me possa falar sobre isso?

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Aqui têm, algumas coisas que os livros de romance (não) nos ensinaram sobre o amor. Podemos concordar com algumas destas coisas – mas espero que muitos de vocês concordem totalmente comigo. Digam-me se têm algo a acrescentar a esta lista ou se não concordam com tudo o que foi mencionado acima. Adoraria ouvir mais dos fãs de livros de romance.